UMADALPE (união da Mocidade da Assembléia de Deus em Abreu e Lima)
assoladora e devastadora Os gafanhotos de Deus sob uma nova ótica
Na Bíblia, quando se fala de gafanhotos, sempre é demonstrado como uma praga assoladora, devastadora. O profeta Joel escreveu uma obra prima poética, falando sobre a devastadora praga de gafanhotos que havia assolado a Palestina. No capítulo 1 ele salienta a destruição causada pelos gafanhotos à agricultura, porém, no capítulo 2, Joel dá mais atenção ao próprio gafanhoto, isto é, mostrando como eles são e a maneira como agem.
Gafanhoto – Nome científico “orthoptera”, que, aplicado a insetos, significa “asas retas”. Normalmente, os gafanhotos são tidos como uma praga; mas, via de regra, eles vivem sem causar demasiada destruição. Também não percorrem grandes distâncias sob condições normais. Porém, quando seu número aumenta, resultando numa superpopulação, produzem um hormônio que altera toda a aparência física deles e toda a sua conduta. Quando isso acontece, então a praga está prestes a rebentar. A superpopulação ocorre quando os gafanhotos ainda não têm asas. Aí, passam a consumir mais oxigênio, e seu metabolismo aumenta, tornando-se muito mais ativos. Quanto mais chuva cair, mais ovos serão chocados.
A chuva aumenta a relva e a verdura, e isso é mais alimento ainda para os gafanhotos. Eles têm uma incrível capacidade de sobrevivência. Algumas vezes, um enxame pousa sobre uma montanha de neve, ficando ali durante semanas, para, então, alçarem vôo outra vez. E podem, em um único dia, percorrer 320 Km. Podem, até mesmo, pousarem no oceano e permanecer flutuando, pousando uns sobre os outros. E, quando estão descansados, levantam vôo da superfície do mar. Ao me deparar com este texto, dentro do propósito pelo qual estamos aqui nesta noite, isto é, agradecer a Deus por um período de férias e iniciar um novo ano letivo, de trabalho, fiquei pensando que, mesmo a Palavra de Deus apresentando os gafanhotos como uma praga, a Igreja do Senhor Jesus Cristo também pode ser comparada com os gafanhotos, ou, pelo menos, ela deveria agir como os gafanhotos.
1) É UM POVO PODEROSO – Vs 5,6 – Joel declara que o barulho das asas dos gafanhotos se parecia com o estrondo produzido pelas rodas de muitas carruagens. Os gafanhotos são insetos muito vívidos, que saltam sobre as montanhas como as chamas de um incêndio pulam de um arbusto ou árvore para outro., voando por sobre os obstáculos, saltando por cima de riachos, sem nunca errar o alvo. Em suma, o profeta declara que são como um exército poderoso ordenado para a batalha. Eles se parecem com chamas sopradas pelo vento e possuem poder em si mesmos e são impulsionados por um poder que vem atrás deles. Vs 6 – As vítimas empalidecem enquanto contemplam o avanço das tropas. Entram em pânico e se angustiam. Em 1928, um observador de um ataque de gafanhotos na Palestina descreveu o espanto e a angustia do povo observando tudo ser consumido por aqueles insetos em tão breve tempo, deixando para trás total desolação. Ele diz: “Foi um espetáculo terrível ver o avanço devastador e incansável de um imenso enxame de jovens gafanhotos que se arrastavam. As pessoas os enfrentavam com um espírito de desespero e desamparo”. A Igreja do Senhor Jesus, tomando essa força do gafanhoto como exemplo, também deve ser um povo poderoso, diante de quem “tremam os povos e todos os rostos se empalidecem”, isto é, a Igreja do Senhor Jesus precisa se mostrar um povo forte, poderoso, não por si mesmo, mas porque ela é impulsionada pelo seu Senhor – Lucas 10.17-20
2)É UM POVO UNIDO – Vs 7,8 – “...Cada um vai ao seu caminho e não se desvia da sua fileira. Não empurram uns aos outros; cada um segue o seu rumo...” – Os gafanhotos são tão disciplinados que não empurram uns aos outros, apesar de seu número extraordinário. Cada um deles tem o seu próprio caminho para avançar. Cada qual cuida de seus próprios negócios, mas eles são muito unidos em seu único propósito – a destruição. Mais uma vez podemos tirar uma lição para nós como Igreja de Cristo. A Igreja do Senhor Jesus somos nós, cada um de nós, pois, como Paulo nos ensinou, somos o “Templo do Espírito Santo”, e, como Igreja de Cristo, amanhã, cada um vai ao seu caminho, mas ninguém pode se desviar de sua fileira; sem empurrar uns aos outros, cada um vai seguir o seu rumo para atingir o único propósito, fazer diferença diante de uma sociedade tão idólatra e pecadora. Mas essa diferença só será notada a partir do momento que essa Igreja, cada Igreja, individualmente, você e eu, vivermos na unidade desejada e orada por Jesus – João 17.22,23
3) É UM POVO QUE LUTA – Vs 8-10 – Os gafanhotos chegam saltando e escorregando, correndo ao longo dos topos dos muros, subindo pelas paredes das casas, atravessando janelas como fazem os ladrões quando resolvem praticar o que é errado, em fim, são um povo lutador. Quando meditamos nesta invasão assoladora, percebemos que os gafanhotos não desistem nunca, mesmo diante de todas as dificuldades que encontram pela frente, eles continuam marchando em direção ao seu alvo, porque eles são lutadores, preparados para enfrentar qualquer situação, qualquer batalha. Mais uma vez eu vejo a Igreja nesta situação. A Igreja de Jesus precisa lutar e não desistir nunca, pois a sua vitória já está ganha. O povo de Deus nunca foi um povo derrotado, pelo contrário, sempre teve Deus ao seu lado, à sua frente, enfrentando todas as lutas e lhe dando a vitória, mas sempre foi um povo que lutou e deverá continuar essa luta, não uma luta física, com armas visíveis, mas, como Paulo nos ensinou uma luta contra o mal, o seu domínio, a sua influência. Precisamos lutar contra a apatia, contra a indiferença, contra a nossa própria negligência, contra nosso egoísmo, contra nosso pecado, contra nossa preguiça, em fim, estamos enfileirados, andando como um bando sobre a terra, para lutar e enfrentar todos os males que vêem atrapalhar nossa caminhada com Deus – II Coríntios 10.3-6 Amém !
risto sempre sejas o Senhor da tua vida!
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