terça-feira, 20 de maio de 2014

O Ministério de Evangelista

 O vocábulo evangelista significa no original mensagem de boas novas. O autêntico ministro evangelista, chamado por Deus e colocado por Ele no ministério, não deve exercer o apostolado. Seu ministério deve ser itinerante. É só atentarmos para Felipe em Atos 8, principalmente para o último versículo: "E Felipe se achou em Azoto, e, indo passando, anunciava o Evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia". 
   O professor da Escola Bíblica tem a visão de uma classe de alunos; o pastor tem a visão de sua congregação, seu campo de trabalho; o evangelista tem a visão regional e mundial. Sua paixão é o mundo para Cristo!
   A mensagem do evangelista é "Vinde ao Senhor"; a do profeta é "Permanecei no Senhor". Veja o exemplo de Barnabé como profeta: "O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor com propósito do coração" (Atos 11:23).
   Em síntese, as diferenças entre profeta, evangelista e mestre são as seguintes: O profeta move o coração, a consciência do povo. Ele apela ao sentimento. O evangelista leva o povo a uma decisão diante de Deus. Ele apela à vontade. O mestre intrui o povo, a congregação, no caminho do Senhor, na Palavra de Deus, na doutrina bíblica. Ele apela à mente. Deus pode conceder a um mesmo ministro mais de um ministério ou dom ministerial.
   O evangelista não deve ser um obreiro neófito, como o ministério de evangelista fosse um início de "carreira". Veja o exemplo de Felipe mais uma vez. Em Atos 8:5 á 8 e 13 à 40, no começo de seu ministério, o encontramos em pleno exercício. Em Atos 21:8, encontramos Felipe em plena atividade ainda.
   O evangelista deve ter um conhecimento sistemático das doutrinas da Bíblia, especialmente aquelas ligadas ao exercício do seu ministério. Algumas das doutrinas e ensinos que o evangelista precisa conhecer são a doutrina da salvação, que por sua vez abrange em si um grupo de doutrinas; a doutrina da fé, o discipulado cristão, começando com a integração dos novos convertidos; milagres, sinais e prodígios, como em Atos 2:22; o batismo no Espírito Santo; e os dons e o fruto do Espírito. Ele também deve estudar muito homilética, exegese e hermenêutica. Tanto o profeta como o evangelista, como mensageiros de Deus, usam muito a imaginação. Jeremias e Ezequiel são exemplos. Jeremias com o cinto (Jeremias 13) e Ezequiel com o tijolo e a panela (Ezequiel 4:1 e 24:3).
   O tema principal do evangelista é a salvação dos perdidos e a volta dos desviados. Ele também promove o avivamento espiritual dos crentes. Onde não vemos nada da Bíblia sobre Salvação, o evangelista vê pelo Espírito, e ali prega! Para ele, parece que a Bíblia só contém a mensagem da Salvação. É interessante como o ministério evangelístico e a música são tão relacionados.
   O autêntico ministério de evangelista é concedido por Jesus, nunca imposto pelos homens. Pelo fato de certos "evangelistas" não terem esse ministério, os tais usam malabarismos, trejeitos, mecanismo, emocionalismo e até truques diante do povo. Se bem que pode haver muito disso em um evangelista imaturo.
   Paulo também era evangelista (1a. Coríntios 1:17). Até a inscrição de uma placa serviu de tema de sermão para ele (Atos 17:23 "Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio").