terça-feira, 20 de maio de 2014

O Ministério de Evangelista

 O vocábulo evangelista significa no original mensagem de boas novas. O autêntico ministro evangelista, chamado por Deus e colocado por Ele no ministério, não deve exercer o apostolado. Seu ministério deve ser itinerante. É só atentarmos para Felipe em Atos 8, principalmente para o último versículo: "E Felipe se achou em Azoto, e, indo passando, anunciava o Evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia". 
   O professor da Escola Bíblica tem a visão de uma classe de alunos; o pastor tem a visão de sua congregação, seu campo de trabalho; o evangelista tem a visão regional e mundial. Sua paixão é o mundo para Cristo!
   A mensagem do evangelista é "Vinde ao Senhor"; a do profeta é "Permanecei no Senhor". Veja o exemplo de Barnabé como profeta: "O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor com propósito do coração" (Atos 11:23).
   Em síntese, as diferenças entre profeta, evangelista e mestre são as seguintes: O profeta move o coração, a consciência do povo. Ele apela ao sentimento. O evangelista leva o povo a uma decisão diante de Deus. Ele apela à vontade. O mestre intrui o povo, a congregação, no caminho do Senhor, na Palavra de Deus, na doutrina bíblica. Ele apela à mente. Deus pode conceder a um mesmo ministro mais de um ministério ou dom ministerial.
   O evangelista não deve ser um obreiro neófito, como o ministério de evangelista fosse um início de "carreira". Veja o exemplo de Felipe mais uma vez. Em Atos 8:5 á 8 e 13 à 40, no começo de seu ministério, o encontramos em pleno exercício. Em Atos 21:8, encontramos Felipe em plena atividade ainda.
   O evangelista deve ter um conhecimento sistemático das doutrinas da Bíblia, especialmente aquelas ligadas ao exercício do seu ministério. Algumas das doutrinas e ensinos que o evangelista precisa conhecer são a doutrina da salvação, que por sua vez abrange em si um grupo de doutrinas; a doutrina da fé, o discipulado cristão, começando com a integração dos novos convertidos; milagres, sinais e prodígios, como em Atos 2:22; o batismo no Espírito Santo; e os dons e o fruto do Espírito. Ele também deve estudar muito homilética, exegese e hermenêutica. Tanto o profeta como o evangelista, como mensageiros de Deus, usam muito a imaginação. Jeremias e Ezequiel são exemplos. Jeremias com o cinto (Jeremias 13) e Ezequiel com o tijolo e a panela (Ezequiel 4:1 e 24:3).
   O tema principal do evangelista é a salvação dos perdidos e a volta dos desviados. Ele também promove o avivamento espiritual dos crentes. Onde não vemos nada da Bíblia sobre Salvação, o evangelista vê pelo Espírito, e ali prega! Para ele, parece que a Bíblia só contém a mensagem da Salvação. É interessante como o ministério evangelístico e a música são tão relacionados.
   O autêntico ministério de evangelista é concedido por Jesus, nunca imposto pelos homens. Pelo fato de certos "evangelistas" não terem esse ministério, os tais usam malabarismos, trejeitos, mecanismo, emocionalismo e até truques diante do povo. Se bem que pode haver muito disso em um evangelista imaturo.
   Paulo também era evangelista (1a. Coríntios 1:17). Até a inscrição de uma placa serviu de tema de sermão para ele (Atos 17:23 "Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio").

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Oséias – A Fidelidade no Relacionamento com Deus



Lição 02 - 4º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 14.10.12
Texto da Lição: Oséias 1.1,2; 2.14-17,19,20
I - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Conhecer a estrutura do livro de Oséias.
2. Compreender a linguagem simbólica usada no livro.
3. Conscientizar-se de que Deus está pronto a nos reconciliar e acolher.
TEXTO ÁUREO:
“Porque estou zeloso de vós com o zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem para o marido, a saber, a Cristo” (Filipenses 4.12,13).
III – VERDADE PRÁTICA: O casamento de Oséias ilustra a infidelidade de Israel e mostra a sublimidade do amor de Deus.
IV – PALAVRA CHAVE: Matrimônio
Os termos matrimônio e casamento são sinônimos; vocábulos que no grego equivalem a leito conjugal (Hb 13.4) e bodas (Jo 2.1,2). O casamento é uma instituição divina estabelecida por Deus desde a criação do mundo.
Em, seu sentido natural e histórico, o matrimônio pode ser definido como uma relação pessoal e íntima entre um homem e uma mulher, com o intuito de perdurar por toda a vida (Mt 19.6) e com a finalidade de procriação e estabelecimento de uma família.
Essa união de caráter indissolúvel tem uma relação legal, social e espiritual. É no casamento que acontece o processo legítimo de procriação (Gn 1.27,28), proporcionando oportunidade para a felicidade humana e o companheirismo – “Deus faz que o solitário habite em família” (Sl 68.6a).
V – COMENTÁRIO – Apresentação
O casamento de Oséias em seus simbolismos reflete o amor, a beleza e a felicidade que o verdadeiro casamento pode proporcionar. No caso de Israel, Deus almeja que a nação deixe o caminho do adultério espiritual e retorne ao amor inefável do esposo que, acima de tudo, o ama.
A intimidade, o amor, a beleza, o gozo e a reciprocidade que o casamento proporciona fazem dele o símbolo da união e do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja (2Co 11.2; Ef 5.31-33; Ap 19.7). Essa figura é notada desde o Antigo Testamento.
Considerando a santidade do casamento confirmada em toda a Bíblia, a ordem divina parece contradizer tudo o que as Escrituras falam sobre o matrimônio.
“O princípio da palavra do SENHOR por Oséias; disse, pois, o SENHOR a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR” (Os 1.2).
Através do casamento de Oséias, e seu difícil relacionamento familiar, Deus tinha uma mensagem para o povo, pois a esposa e os filhos de Oséias, assim como o abandono e a prostituição dela, e o seu sofrimento e perdão, são sinais e profecias sobre Israel e Judá ao longo dos séculos.
OBJETIVO 1: Conhecer a estrutura do livro de Oséias.
O livro de Oseias pode ser dividido em duas partes significantes: A primeira é uma biografia profética, que descreve a crise do relacionamento de Oséias com sua esposa infiel, Gomer. Ao mesmo tempo que compara essa crise conjugal com a infidelidade e a apostasia do seu povo (Os 1 – 3).
A segunda parte apresentada em uma literatura poética, se constitui de profecias proferidas durantre um longo intervalo de tempo (Os 4 – 14). O assunto do livro é a apostasia de Israel e o grande amor de Deus demonstrado pela nação de Israel através da vida do profeta Oséias e o seu casamento e compreende a advertência, juízo divino e promessas de restauração futura (Os 8.11 – 14; 11. 1-9; 14.4-9).
Oséias viveu uma realidade literal atrávés do seu casamento com uma mulher de prostituição – Gomer, cujos filhos são de prostituições, bem como os nomes dados aos seus três filhos, que projetaram a avaliação espiritrual do relacionamento matrimonial entre Oséias e Gomer por permissão de Deus a fim de ilustrar de forma simbólica o relacionamento infiel da nação de Israel com o seu Deus (Os 1.1-6).
A abordagem do livro de Oséias à mensagem profética que tinha de entregar baseava-se em sua relação de esposo. Isso representava o fato de que Yaweh havia sido ofendido por sua esposa infiel, a nação de Israel. A fim de que essa mensagem fosse sentida e entregue com eficácia, era mister que Oséias passasse por uma situação real de traição sofrida.
E, para que isso acontecesse realmente, como é óbvio, ele teria de manter profundo amor por sua esposa. Somente então ele poderia sentir a agressividade da infidelidade, compreendendo, metaforicamente, a ofensa de Israel, contra o Senhor, em sua infidelidade, que consistia na idolatria e corrupção moral.
Através da vida do profeta Oséias e do casamento com sua esposa infiel, Deus demonstra o seu amor e misericórdia para com a nação de Israel que havia se prostituído com os ídolos – Baal, Baalins e Poste-ídolos.
De sorte que todo o livro de Oséias encontra-se permeado do amor e da misericórdia de Deus através do envolvimento do profeta com a esposa infiel mostrando o amor insondável de Deus para com a nação adúltera e o convite de Deus para sua reconciliação com o Senhor.
OBJETIVO 2. Compreender a linguagem simbólica usada no livro.
Mesmo num contexto de decadência moral, o amor de Deus é descrito de forma bela e surpreendente (Os 2.14-16; 11.1-4; 14.4-8). A poesia do livro de Oséias está repleta de metáforas e símbolos dirigidos aos contemporâneos. Sua mensagem denuncia o pecado do povo e a corrupção das instituições sociais, políticas e religiosas das dez tribos do norte (Os 5.1).
O emprego das coisas do dia a dia como ilustração facilita a compreensão da mensagem divina no livro de Oséias. Variados são os recursos literários encontrados na Bíblia para fazer compreender uma determinada situação. O casamento é o símbolo perfeito para compreendermos o relacionamento de Deus com o seu povo, e do Senhor Jesus Cristo com o cristão.
No seu livro Oséias descreve os acontecimentos como literias, a ponto de dizer que Gomer teve três filhos depois de se casar com ele, embora não seja encontrada nenhuma referência bíblica de que o casamento de Oséias com Gomer possa ser entendido como uma figura parabólica.
Dentre todas as controvérsias existentes é salutar saber quem foi Oséias e a certeza de que ele fôra um homem de Deus que ouviu a sua voz para cumprir uma ordem nada aceitável humana e espiritualmente: casar-se com uma mulher dada á prostituição.
O casamento de Oséias com uma “mulher de prostituições” é uma comparação clara com a própria nação de Israel. Deus considerava o assunto prostituição de forma dupla: no sentido físico, quando os israelitas participavam de cultos a outros deuses que envolviam a prática sexual como parte da liturgia, e no sentido espiritual, deixando a adoração ao Senhor para envolverem-se com outros deuses.
Há também um profundo simbolismo através dos nomes dos filhos de Oséias com Gomer (Os 1.3-9). De forma geral os nomes dados aos filhos de Oséias Jezrreel (Deus espalhou), Lo-Ruama (não amada) e Lo-Ami (não-meu-povo), mostram o que estava acontecendo e o que haveria de acontecer à nação de Israel.
Jezrrel tinha dois sentidos: para o passado ele falava do julgamento que Deus executou sobre a casa de Acabe (1Re 19.13-17; 21.21-24; 2Re 9.6-10; 10.30); para o futuro do julgamento que Deus exerceria sobre Israel por causa da sua infidelidade quando foi para o cativeiro assírio. Isso tratava do julgamento vindouro de Deus sobre as dez tribos de Israel ou Reino do Norte, por causa do sangue de Jezrrel (Os 1.4).
OBJETIIVO 3. Conscientizar-se de que Deus está pronto a nos reconciliar e acolher.
A linguagem da reconciliação no livro de Oséias é apresentada através do amor, tema principal do livro. Ao reconciliar-se com Gomer (Os 3.2), Oséias ilustra de maneira nova o amor de Deus por Israel. Ao que parece, Gomer havia abandonado o marido a fim de continuar prestando sua imoral adoração a Baal (Os 2.5).
Oséias, no entanto, jamais desistiria de seu amor por ela, embora estivesse com o coração partido. Ele devia procurá-la para expressar-lhe novamente seu amor e cuidado assim como Deus o faria em relação aos israelitas Os 3.3). Estes também haviam partido o coração do Altíssimo ao se voltarem para outros deuses, e se deliciarem com os “bolos de uvas” das festas pagãs (Os 3.1).
É muito provável que, agora, Gomer estivesse endividada, prestes a ser vendida como escrava, conforme previam as leis. Oséias, no entanto, resgata-a por um alto preço (Os 3.2), tal atitude ilustra o amor redentivo de Deus pelos pecadores, que não tem como redimir-se ou salvar-se a si mesmos; sua única esperança é a graça divina.
Deus está pronto a nos reconciliar e acolher – “E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.18,19).
A doutrina da reconciliação, segundo a própria palavra significa essencialmente, troca ou permuta. Consiste da mudança da relação de hostilidade que pode existir entre dois indivíduos passando eles a serem amigos entre si. Essa relação de hostilidade é alterada para a relação de paz.
Há, portanto, a permuta de estado. Do estado de paz, em seguida, fluem as bênçãos, da salvação, isto é, a salvação que se deriva da vida de Cristo. No sentido cristão, a mudança nas relações entre Deus e um homem é efetuada por meio de Cristo.
O movimento de Deus em direção ao homem, tendo em vista quebrantar a hostilidade humana, recomenda o amor e a santidade divina ao homem convencendo-o da enormidade de seu pecado e das consequências do mesmo. É Deus quem inicia esse movimento, na pessoa e na obra de Jesus Cristo (Rm 5.6,8; Ef 1.6; 1 Jo 4.19).
CONCLUSÃO:
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniqüidade persistentes, antes que ele
entregasse a nação ao seu pleno juízo. O livro foi escrito com o objetivo de revelar:
a) Que Deus conserva o seu amor a seu povo segundo o concerto, e deseja intensamente redimi-lo de sua iniqüidade;
b) E que conseqüências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em se sujeitar ao seu amor redentor. A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel.
c) Gomer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gomer comete prostituição física; Israel, comete prostituição espiritual.
Consultas:
Li0ções Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Esequias Soares).
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. CPAD – Rio de Janeiro, 2012.
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. 8ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova – 1ª. ed. São Paulo, Editora Vida, 2001.
RICHARDS Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. 3ª. Imp. São Paulo: Editora Vida, 2004.
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. 3ª. ed. São Paulo: Editora Vida Nova, 1997.
RADMARCHER, Earl D.; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne. O Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento com Recursos Adicionais. 1ª. ed. Rio de Janeiro. Editora Central Gospel,
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sábado, 22 de setembro de 2012

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE



A Verdadeira Motivação do Crente
Lição 13 -  3º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 23.09.12
Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva            
 Texto da Lição: Marcos 1.35-45
II – TEXTO ÁUREO:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto, e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”. (Mateus 6.6).
III – VERDADE PRÁTICA:
A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver 
Para glorificar a Cristo.
IV – PALAVRA CHAVE: Motivação
V  – COMENTÁRIO DA LIÇÃO:
“Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conhece a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.15,16). 
O cristão que tem a mente de Cristo conhece a sua vontade e o seu propósito, por isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais estabelecidos por sua Palavra. Todas as nossas ações devem ser operadas pelo canal de uma mente espiritual.
A motivação errada conduz a caminhos errados e a recompensas erradas. Quando nosso objetivo é a auto glorificação, deixamos de fazer o que Deus nos chamou a fazer e passamos a administrar nossa própria vida, centrados em nós mesmos. Deus se torna, quando muito, um coadjuvante em nosso espetáculo particular.
Vivemos numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser. Sofremos pressões diárias para vivermos de forma materialista. Fama poder e influência política procuram atrair-nos. No entanto, quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no anonimato, perde o total controle da situação.
O crente fiel dispensa a vaidade, ou seja, a idéia de valorização que se atribui à própria aparência; o desejo de ser reconhecida e admirada pelos outros. A verdadeira motivação do crente deve ser a que João Batista manifestou em
João 3.30 – “É necessário que ele cresça e que eu diminua”. 
Estas foram das últimas palavras de João Batista, porquanto, nada mais ouvimos falar a respeito dele, até que ele é lançado na prisão, quando sua obra realmente terminou. Jesus, em contraste com isso, foi crescendo em fama e popularidade, até o tempo de sua própria Via Dolorosa.
O valor e a glória do homem jaz no fato de que, eventualmente, ele participará da glória e da grandeza de Cristo. Sua verdadeira grandeza reside em sua identificação e união com Jesus Cristo, porquanto, é nele que encontra o homem o seu destino certo. 
Buscar desenfreadamente a fama é a maio tragédia na vida do crente. A verdadeira motivação cristã dispensa a vaidade, não deseja o primeiro lugar e não se porta soberbamente. O que caracteriza a verdadeira sabedoria é o temor do Senhor – “O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
O objetivo do crente neste mundo não é a fama ou o poder, mas é viver para glorificar a Cristo – “Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos” (Rm 12.16). As Sagradas Escrituras revelam que aqueles a quem Deus mais usou grandemente eram quase sempre preparados para essas experiências durante períodos de solidão, silêncio e obscuridade. 
Moisés foi um jovem que cresceu no ambiente prestigioso da suntuosa corte de Faraó e era preparado para abraçar um futuro político notável. Depois de assassinar um cidadão egípcio por presenciá-lo maltratando os seus irmãos, foi forçado a se refugiar nas planícies de Midiã. Moisés tornou-se um fugitivo de Faraó. Em Midiã, Moisés se casou com a filha de um sacerdote da região.
Moisés passou os 40 anos seguintes cuidando dos rebanhos de ovelhas de seu sogro. Não foi senão aos 80 anos que Deus finalmente tirou da obscuridade o ex-príncipe egípcio que se tornara pastor e colocou-o nos píncaros da grandeza.
Davi foi ungido rei de Israel quando adolescente, mas só subiu ao trono aos 30 anos der idade. Depois de vencer o gigante Golias de forma heróica passou os treze anos seguintes como fugitivo, escondendo-se nas cavernas de Engedi do rei Saul, que quase enlouquecera de inveja dele. 
Alguns dos mais notáveis Salmos de Davi foram escritos durante esse longo período de solidão. Na maior parte do tempo Davi permaneceu na obscuridade, sobreviveu no deserto da Judéia, um dos mais rudes e inóspitos lugares do mundo para se viver.
José era o filho amado do seu pai, o filho da destra – assim o chamou seu pai desde o nascimento. Foi rejeitado por seus irmãos, vendido como escravo, comprado por dinheiro por um oficial de Faraó de nome Potifar. Sofreu assédio
da mulher do seu senhor. Caluniado foi injustamente colocado na prisão. José passou dois anos nas prisões do Egito. Talvez não cuidasse se algum dia voltaria a ver a luz do dia. 
Embora sua condenação fosse injusta, José aprendeu amar a Deus e ao seu próximo e nunca perdeu a confiança em Deus, até o dia em que Deus o tirou da prisão e o fez sentar junto ao trono com Faraó.
Elias teve sua primeira aparição na Bíblia diante do rei Acabe e transmitiu àquele ímpio rei uma corajosa mensagem de juízo da parte de Deus. Disse Elias apontando o dedo em direção ao rei dentro do palácio e perante o trono de Acabe, diante dos seus seguranças: 
“Nem chuva, nem orvalho, cairá sobre o teu reino senão segundo a minha palavra”. Com a finalidade de proteger o seu servo Elias da fúria da infiel e perversa Jezabel, Deus o escondeu junto ao ribeiro de Querite longe da vista de tudo e de todos, onde os corvos lhe traziam comida pela manhã e à tarde, enquanto água ele bebia do ribeiro. 
Para desânimo de Elias o ribeiro de água secou como acontecera com sua vitalidade espiritual e emocional. Mas Deus preparou aquele retiro junto ao ribeiro á leste do Jordão como um lugar de renovação para suas forças espirituais e físicas. Ali, Elias aprofundou o seu conhecimento acerca de Deus e a sua comunhão com o Senhor.
João Batista o profeta conhecido por muitos como o comedor de gafanhoto passou a maior parte da sua vida adulta pregando às pedras no deserto. Nenhuma mensagem convincente naqueles dias de solidão pregada por João Batista pode atrair as massas.
O profeta estava nos anos de solidão, silêncio e obscuridade até o dia que as multidões afluíram para ouvi-lo e por ele ser batizado. Foi nesse período de solidão e no silêncio do deserto que Deus falou com ele acerca do seu filho Jesus Cristo e deu-lhe um sinal: 
Ele vai vir no meio da multidão para ser batizado como um cidadão comum e sobre aquele que você vir descer o Espírito Santo, este é o meu filho amado. Isto marcou tanto a vida de João Batista que daquele dia em diante ele mudou o seu discurso. Uma hora ele dizia de Jesus: 
“Eis o Cordeiro de Deus que tira o  pecado do mundo” (Jo 1.29). Outra hora ele externava aquilo que mais o impressionou na vida de Jesus. Ele dizia: “Eu vi o Espírito descer do Céu como uma pomba e repousar sobre ele” (Jo 1.32).
Observemos que Deus sempre permite aos seus servos passarem pelos desertos do anonimato, da solidão, do desprezo, das privações e até mesmo do abandono. E é, nesses períodos que Deus se revela com profundidade a cada um deles em particular. São formas de Deus trabalhar aqueles com quem ele tem negócio.
Assim, Deus não permitiu que Davi assumisse o trono aos dezessete anos de idade, embora fosse homem corajoso e cheio de fé. Mas Deus queria também um homem calejado e experiente para ser o chefe do seu povo. Os treze anos de solidão e obscuridade calejou Davi para que pudesse assumir o reino de Israel.
Deus não permitiu que Elias enfrentasse Jezabel quando ele esteve com Acabe pois ele ainda não estava pronto para enfrentar a ímpia rainha. Mais tarde Deus o usou de maneira poderosa, por causa daquele tempo que ele passou junto ao ribeiro de Querite. Ele crescera em conhecimento e em sabedoria, tornando-se mais dependente da provisão de Deus.
Saulo de Tarso depois de convertido ao Senhor teve também o seu retiro no deserto, onde a sós com Deus fez profundas reflexões sobre as profecias messiânicas e a pessoa de Jesus que lhe aparecera na estrada de Damasco. Deus o havia transformado em menos de uma semana, e de um assassino cruel, que odiava os cristãos, o transformou em pregador fervoroso.
Depois do seu retorno do deserto da Arábia ele pode dizer aos Gálatas: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.
Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o Evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante a revelação de Jesus Cristo. 
Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e devastava. E, na minha nação, quanto ao judaísmo avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. 
Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprove revelar seu filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia, e voltei, outra vez, para Damasco” (Gl 1.10-17).
Na Arábia, ele ficou a sós com Deus, pensando em todas as implicações de seu encontro com o Cristo Ressurreto na estrada de Damasco. Quando Saulo deixou a solidão da Arábia, o Senhor já havia começado a trabalhar na sua vontade obstinada revertendo os efeitos de uma vida de pura independência de Deus e do próximo.
Saulo agora aprendera a dependência mediante uma série de circunstâncias, nas quais sem a assistência de pessoas menos influentes ele não seria capaz de continuar. “Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos e logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus. 
Ora, todos os que o ouviam estavam atônitos e diziam: não é este o que exterminava em Jerusalém os que invocavam o nome de Jesus e para aqui veio precisamente com o fim de levá-los amarrados aos principais sacerdotes? 
Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo. Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a vida; 
porém o plano deles chegou ao conhecimento de Saulo. Dia e noite guardavam também as portas, para o matarem, mas os seus discípulos tomaram-no de noite, e, colocando-o num cesto desceram pela muralha (At 9.19-25).
Na carta anônima aos Hebreus temos um capítulo que ao longo da história da igreja ficou popularmente conhecido como a “Galeria dos Heróis da Fé”. Ali o seu escritor afirma que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem. 
O escritor desta carta faz uma tecitura da vida dos homens de Deus desde Abel, passando por Noé, Abraão, Isaque e Jacó, descrevendo a forma como eles renunciaram a tudo para atender o chamamento de Deus. 
Dos três grandes patriarcas ele assegura que nem se lembravam da cidade de onde tinham saído porque aguardavam uma cidade melhor, isto, a celestial. Ele nos fala de Moisés que se recusou ser chamado filho da filha de Faráo. Isto quer dizer que Moisés rejeitou a possibilidade de mais tarde ser proclamado rei.
Porque, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que, por um pouco de tempo ter o gozo do pecado. Tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito porque tinha em vista a recompensa.
Ainda nos fala de Raabe a meretriz, que escapou de perecer com os incrédulos na idólatra cidade de Jericó porque dava testemunho acerca do Deus de Israel. Dizia ela para os espias: O vosso Deus é Deus em cima nos Céus e é Deus embaixo na Terra. E por fé  Raabe escondeu os espias.
Continua o escritor da carta aos Hebreus: Que poderia dizer mais acerca de Gideão, de Baraque e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos Profetas? E acrescenta: os quais, pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada. 
Da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, e puseram em fugida os exércitos dos estranhos. Atentemos para a conclusão que faz acerca daqueles heróis, quando acrescenta ele: Que outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, cerrados, tentados, mortos ao fio de espada; andaram vestidos de pele de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados. Assim conclui afirmando acerca daqueles homens: “Homens dos quais o mundo não era digno” (Hb cap. 11). 
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva).
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro, 2012.
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia – Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
SWINDOLL. Charles L. Série heróis da Fé – Paulo um homem de coragem e graça. Edit. Mundo Cristão. 10ª. reimpressão, São Paulo, 2012.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Momentos Especiais da EBD da Sede


A Escola Bíblica Dominical tem sido um espaço de grande relevância para o aprendizado teológico e amadurecimento do caráter cristão... aqui estão apostas  algumas fotos de momentos de adoração ao Senhor na EBD.























sábado, 8 de setembro de 2012

Inveja, um Grave Pecado - CPAD



INTRODUÇÃO
I - A INVEJA NO PRINCÍPIO DO MUNDO
II - A INVEJA E SUA CONSEQUÊNCIA
III - A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE
CONCLUSÃO
INVEJA MORTAL
Por
Richard W. Dortch
Do auge do poder os homens não levantam mais os olhos para o alto, mas começam a olhar ao seu redor.
James Russell Lowell
Em 1977, Robert J. alcançou a lista de best-sellers com seu livro Looking Out for Number One (”Cuidando do Número Um”). Este filósofo do povo, na década de 1970, guiou seus leitores “na jornada mais excitante e compensadora de suas vidas” através de pensamentos como este: “O primeiro dever moral do homem está na busca do prazer, desde que ele não interfira com os direitos alheios”.
Segundo Ringer, as pessoas sempre agem de acordo com os seus interesses. Portanto, a melhor e mais respeitável solução está em confrontar esse desejo e fazer uso dele. A filosofia de auto-interesse de Ringer não é certamente a única. Atividades egoístas e hedonistas, entremeadas de megadoses de cobiça e inveja e revestidas de frases positivas orientadas na direção do sucesso, se tornaram tendências “saudáveis” da moda em anos recentes.
É de admirar que os livros mais populares contenham slogans narcisistas, que produzem inveja, tais como:
Cuidando do número um.
Vencendo pela intimidação.
O poder não é tudo, é a única coisa.
Você pode ter tudo.
Se você tiver dinheiro e poder, pode realizar todos os seus sonhos.
As canções populares também refletem essa tendência “da moda”. O cantor country, Tom T. Hall, ao cantar sua filosofia de vida, condensa-a em seis palavras profundas: cavalos rápidos, mulheres jovens, mais dinheiro.
Os artistas e autores não estão sozinhos em suas doutrinas sedentas de poder. Os governos de hoje acham-se igualmente cheios de inveja e cobiça. Milhares continuam morrendo em guerras que surgem a partir de controvérsias provocadas por este tipo de maldade. A extravagância compulsiva e os ciúmes relacionados a ela alcançaram proporções epidêmicas.
Segundo Richard J. Foster, “a cobiça contemporânea por mais, mais e mais é claramente psicótica. Ela perdeu completamente o contato com a realidade. O abismo entre a pobreza do Terceiro Mundo e a riqueza do Primeiro está se acelerando a uma velocidade alarmante”.
Foster também apontou a cobiça por “mais” em todos os segmentos da sociedade. A idolatria de hoje é a do poder. Livros às centenas apelam a nossas paixões maquiavélicas”.
Há líderes políticos que gastam mais energia fazendo manobras a fim de conseguir posição do que servindo ao bem público. E alguns executivos se interessam mais em ficar no alto da lista que em criar um produto útil. Alguns professores universitários procuram mais a sofisticação que a verdade e há líderes religiosos que cuidam mais da própria imagem que do Evangelho.
Onde Tudo Começou
Vamos enfrentar os fatos - a ideia de ser o número um, de ter poder, sucesso, dinheiro e prestígio, é muito sedutora.
Essa ideia tem sido o “coração” do mal desde que Lúcifer comparou o que possuía com o que Deus tinha. Ele sentiu-se roubado na parte que recebeu.
Alguma coisa mudou realmente desde que Eva olhou para o fruto e acreditou nas palavras da serpente. De fato, suas palavras foram estas: “Você tem de cuidar do número um, menina. Deus está querendo enganá-la. Tem de pegar sua parte. Você na verdade pode ter tudo”.
A inveja também obscureceu a mente de Caim, afastando-o da verdade. Como resultado, o sangue de seu irmão Abel correu sobre a terra amaldiçoada e a história se alterou tragicamente. Os temas ciúme, inveja e cobiça percorrem os séculos.
Os irmãos de José tiveram inveja do favor de seu pai Jacó, e cobiçavam o papel de filho favorito. Certo ou errado, Jacó escolheu José para um lugar especial na família. Deus, por sua presciência, deu sonhos a José, que estava sendo preparado, sem saber, para sofrimentos e triunfos futuros.
A inveja é geralmente baseada no temor - medo de perder algo. A inveja é sempre uma emoção egoísta.
Deus deu sonhos a José, e então seus irmãos perderam o prestígio. Quando Jacó presenteou José com uma túnica multicolorida, o orgulho e a auto-estima dos irmãos foram feridos, produzindo a necessidade de retaliação. José, caminhando para Siquém, foi um alvo fácil para o ódio invejoso deles.
A inveja tem como elementos inerentes as três coisas que tornam o sistema mundial perverso e rebelde contra Deus: “… a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1 Jo 2.16).
A concupiscência da carne produz cobiça, feitiçaria, idolatria, ódio e rivalidades invejosas.
A concupiscência dos olhos encontra expressão na luxúria, cobiça, adoração de ídolos e práticas malignas.
A soberba da vida exibe sua arrogância na justiça própria e no desejo de posição, poder, riquezas e força, gloriando-se em atividade hedonistas.
Teríamos nós, cristãos do século… [XXI], o direito de apontar o dedo para Lúcifer ou mesmo para os irmãos de José? Enfrentemos a verdade: todos possuímos uma chama secreta, queimando pelo desejo de “ter tudo”. E, se não podemos ter tudo o que desejamos, satisfazemo-nos com simples destronar dos que parecem ser símbolos de saúde, riqueza e sucesso.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Somalia sofre com fome - País da Semana


Publicado em 22/08/2011
População sofre com a fome natural, porém precisa sentir fome por Deus

Capital: Mogadíscio.
Localização: Leste da África.
Idioma: Árabe e somali (oficiais).
Religião: Islamismo (99,8%).
Restrições: Conversões podem ser punidas com prisão ou morte e os fundamentalistas perseguem constantemente os cristãos.

Em Mateus 24.7 Jesus alerta ao mundo sobre o fim dos tempos: “Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores.” A Somália e os países localizados na região semiárida, denominada Chifre da África, estão enfrentando tempos de carestia intensos, em que a esperança de terem um prato de comida está cada vez mais distante. Além da seca, a falta de assistência dos governos africanos ao seu povo, têm provocado desespero e mortes. 

Cinco regiões somalis estão em situação de emergência humanitária. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) 3,2 milhões de somalis, cerca de um terço da população do país, precisam de assistência imediata para sobreviver. Estimativas apontam que nos últimos 90 dias 29 mil crianças, abaixo dos cinco anos de idade, morreram de fome no sul do país. A Grã-Bretanha pronunciou que teme pela morte de 400 mil crianças se a comunidade internacional não intensificar o combate à fome no país. Estima-se que diariamente outros 1.500 somalis chegam ao Quênia, país vizinho que está abrigando cerca de 440 mil refugiados em acampamentos na cidade de Dadaab, região nordeste do país. E mais de 100 mil somalis buscam refúgio na capital, Mogadíscio, em busca de água e comida, o que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem provocado uma epidemia de cólera pelo país. 

O passado dos somalis foi marcado por constantes conflitos e uma sangrenta guerra civil durante a década de 1990, quando rebeldes derrubaram o governo ditatorial que regia o país desde a independência, na década de 1960. A economia do país está desde então arrasada e a Constituição suspensa até hoje. Três situações influenciam diretamente na situação de carência desse povo e refletem a realidade da fome na África: a desunião dos povos, a atuação das milícias islâmicas e as tensões com a Etiópia pela posse do deserto de Ogaden, que já pertenceu à Somália, mas hoje é de dominação etíope. A falta de ajuda mútua entre os países africanos e a corrupção do grupo governante Al Shabab, ligados a Al-Qaeda (grupo terrorista islâmico), são responsáveis pela tragédia da carestia no país. 

“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar.” (2 Crônicas 7. 14-15.) Maioria muçulmana, a população da Somália ainda não conhece à Cristo, e seus corações precisam ser voltados para Deus. Os fundamentalistas islâmicos perseguem os poucos cristãos somalis (entre 0,2% da pop.), que, segundo a Missão Portas Abertas, são ameaçados de morte e temem por suas vidas e de seus familiares. Muitos vivem o conflito de ou manter sua fé em segredo ou declarar-se abertamente, compartilhar e pregar sobre Jesus. Para enfrentar as dores dos últimos dias, é necessário que as nações se prostrem aos pés do Senhor e sejam fortalecidas e reparadas para a vinda de Cristo. Até hoje, o que os somalis conhecem é a fome da ausência de alimento para o corpo debilitado e desnutrido que têm, e a única água que eles almejam é a que “mata” a sede de suas bocas. Mas o que eles ainda não sabem é que o socorro para a fome e sede que têm vem de Deus. E enquanto não tiverem fome e sede por Deus eles nunca serão completamente saciados, felizes e saudáveis. 

Por isso, clame pela somália
? Para que o Senhor faça cessar a seca e os campos deem seus frutos;
? Interceda pelas crianças que sofrem mais com a miséria do país;
? Profetize a salvação dos somalis e o fim da perseguição ao Cristianismo;
? Peça a Deus que envie missionários e os capacite a serem ousados e cheios de autoridade no meio do povo;
? Ore para que os países africanos sejam unidos e se importem cada vez mais com seus vizinhos;
? Clame ao Senhor que interfira na economia e na política do país levantando líderes tementes e responsáveis pelo povo;
? Abençoe as famílias e profetize fome e sede por Jesus.

sábado, 30 de julho de 2011

Conheça cinco atitudes que ajudam na digestão


Acabe com a sensação de mal-estar e estômago pesado após as refeições

Por Minha Vida Publicado em 3/1/2011 Revisado em 20/1/2011
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Alguns hábitos simples durante as refeições, e logo depois delas, são indispensáveis para que o corpo faça uma boa digestão. Confira como cinco atitudes que, incorporadas a sua rotina, podem facilitar a absorção dos nutrientes dos alimentos pelo organismo e prevenir incômodos, mal-estar e aquela sensação de estômagomuito cheio.

1 - Mastigue bem 
Coma devagar, mastigue bastante os alimentos e tire o máximo de prazer da sua refeição. Por causa da correria da vida moderna, muitas vezes engolimos a comida sem mastigar, dificultando a digestão e absorção dos nutrientes dos alimentos. A nutricionista Roberta Stella destaca que o resultado dessa agitação são gases em excesso e abdômen inchado. Fora que seu corpo acabará gastando mais energia para fazer a digestão e você fatalmente ficará com mais sono e cansaço após as refeições.
Acabe com a sensação de mal-estar após as refeições - Foto: Getty Images
2 - Coma em paz 
A hora da refeição deve ser a mais tranquila possível. Evite discussões, brigas e levar o trabalho para a mesa. "Preocupações podem tornar qualquer prato indigesto, até o mais saudável, pois o estado emocional afeta as secreções gástricas indispensáveis à boa digestão", afirmam a médica Leninha Valério do Nascimento e a jornalista Áurea Pessoa no livro Beleza - Desafios da Ciência e da Tecnologia. Elas destacam, ainda, que não são apenas os aborrecimentos que atrapalham a digestão. Uma forte emoção boa tem o mesmo efeito.

3 - Não beba durante as refeições 
Os líquidos deixam o estômago em dez minutos, levando com eles os sucos digestivos. A situação piora se a bebida for quente, pois o calor irá enfraquecer os tecidos do estômago. Outra desvantagem é que a saliva possui enzimas que atuam na quebra molecular dos alimentos, e os líquidos atrapalham esse processo. Ao se misturarem à saliva eles a deixam "frágil". Isso significa que o estômago terá mais trabalho e o organismo gastará mais energia para digerir os alimentos.  
4 - Tome chá depois da refeição 
Acabou de comer? Um chá é uma ótima pedida para finalizar. Roberta diz que ele ajuda a livrar da sensação de inchaço logo depois da refeição. "Quente, a bebida ajuda a dissolver as gorduras e diminui a formação de gases intestinais", afirma.

5 - Evite esforço físico e relaxamento 
Ao sair da mesa, descanse um pouquinho, mas não durma. Logo após as refeições é bom evitar atividades físicas intensas e, no outro extremo, dormir. "O sono depois de comer faz com que o metabolismo do corpo diminua. Os exercícios físicos também são ruins porque reduzem a quantidade de sangue disponível para digerir os alimentos. Das duas formas, a comida fica mais tempo retida no organismo, que produz toxinas geradoras do mal-estar", ensina a nutricionista.